domingo, 9 de novembro de 2008

Luz negra e Bronzeamento artificial

Luz negra e Bronzeamento artificial

Luz negra
Existem certas lâmpadas ultravioleta que emitem comprimentos de onda próximos à luz visível entre 380 e 420 nm. Estas são chamadas de lâmpadas de "Luz Negra".
O UV destas lâmpadas é obtido principalmente através de uma lâmpada fluorescente sem a proteção do componente (fósforo) que a faz emitir luz visível.
Dentro da lâmpada há um vapor (mercúrio) que, na passagem de elétrons, emite radiação no comprimento de onda do ultravioleta. Esta radiação liberada "bate" na borda da lâmpada que é revestida internamente por um fósforo. O fósforo excitado com a energia recebida reemite a energia em comprimentos de onda do visível (branco).

Arte com materiais fluorescentes.
A diferênça para a luz negra, é que esta não possui o revestimento de fósforo, deixando, assim, passar toda radiação ultravioleta.
Este tipo de luz é usada em aparelhos elétricos para atrair insetos e eletrocutá-los. Outros tipos de uso são para identificar dinheiro falso, decoração, boates e tuning.


Criada durante a Segunda Guerra pelo inventor americano Philo Farnsworth (1906-1971) considerado o pai da televisão , a luz negra tinha a intenção original de melhorar a visão noturna e também costuma ser utilizada para identificar falsificações em documentos ou cédulas de dinheiro. Atualmente, a Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, pesquisa seu uso na detecção de fungos em sementes.


Bronzeamento artificial

Quer você esteja se bronzeando diretamente no sol ou fazendo uso de bronzeamento artificial, a epiderme é a parte da pele afetada. A epiderme também é constituída de camadas. A mais profunda camada da epiderme, chamada de camada basal, é afetada durante o bronzeamento. A camada córnea é a camada mais externa da epiderme - é a camada afetada pela maioria dos produtos de bronzeamento artificial.

O bronzeamento é uma reação de defesa do organismo contra a agressão provocada pela radiação. Não há nada de saudável nisso. A grande maioria dos dermatologistas, que sempre recomendaram cautela na exposição aos raios solares, mostra-se preocupada também com as ações nocivas do raio ultravioleta A, emitidos em grande concentração durante o bronzeamento artificial.

Durante muito tempo, o raio ultravioleta B (UVB) foi considerado o único vilão nos banhos de sol. Responsável por queimaduras, vermelhidão e sensação de ardência na pele no dia seguinte, a radiação UVB é, também, cancerígena. Essa constatação impulsionou e serviu de argumento para os empresários do bronzeamento artificial. A maioria das máquinas prometia segurança aos clientes, por oferecer um banho intenso de radiação ultravioleta A (UVA).

No entanto, pesquisas científicas mais recentes, identificaram que os raios UVA, em altas doses, também podem desencadear tumores, além de ter o poder de acelerar o envelhecimento da pele. Nas câmaras de bronzeamento, a concentração dos raios UVA, que têm maior poder de penetração na pele, é duas a três vezes maior que na luz solar.



Câncer de pele
Os dados da campanha do "Câncer da Pele", realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mostraram uma porcentagem de 7,7% de tumores encontrados em 24.436 pessoas examinadas. Estima-se que mais de 40 mil novos casos da doença apareçam anualmente no País. O problema é que a doença se alimenta de dois hábitos do brasileiro: abusar do sol e associar o "bronzeado perfeito" a valores como beleza e sensualidade.

Os sinais na pele começam geralmente pelo aparecimento de manchas castanhas, sobretudo em áreas mais expostas, como face e braços, que se tornam ásperas e sensíveis. Aos poucos, aparecem outras, brancas. Os passos seguintes são rugas, verrugas que sangram, alterações em pintas, pequenas feridas que nunca cicatrizam e manchas pretas geralmente na planta dos pés.

Quase sempre, os cânceres surgem a partir da meia idade, mas foram desencadeados pelos abusos do sol até os 20 anos. Pessoas de pele clara e que nunca adquirem bronzeado são as mais vulneráveis. O diagnóstico precoce é a chave para se evitar as complicações do câncer de pele, como deformidades e até a morte. Quase 90% dos casos são tumores localizados e curáveis.

Vale a Pena?
As camas de bronzeamento artificial têm uma estrutura de acrílico transparente, por onde passam as luzes vindas de uma série de lâmpadas. Normalmente são classificadas de alta, mista e de baixa pressão, com lâmpadas especiais que geram 98% de luz ultravioleta A e 2% de ultravioleta B.
Já está comprovado que os raios ultravioletas A naturais ou não, também têm potencial carcinogênico, ou seja, podem provocar câncer de pele. Até algum tempo atrás vários profissionais consideravam que esses raios eram seguros. Os efeitos nocivos dos raios ultravioletas A e B (UVA e UVB) não são visíveis imediatamente, porém, os danos da irradiação são cumulativos e podem dar os primeiros sinais somente após 10 anos ou mais. Por outro lado, não se deve esquecer do lado bom do ultravioleta que é importante na formação da vitamina D - responsável pela fixação de cálcio nos ossos.

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